
Dia 24 de março é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Esta data foi escolhida pela OMS por corresponder à descoberta do bacilo causador da doença por Robert Koch, em 1882.
A tuberculose (TB) é uma das enfermidades mais antigas do mundo. No entanto, não é uma doença do passado como muitos imaginam. Está em estado de emergência global decretado pela Organização Mundial de Saúde como enfermidade reemergente desde 1993. Segundo estimativas da OMS, dois bilhões de pessoas, o que corresponde a um terço da população mundial, está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. Destes, 9 milhões desenvolverão a doença e 2 milhões morrerão a cada ano.
Para se ter uma ideia, em 2018, cerca de 10 milhões de pessoas contraíram tuberculose no mundo e 1,5 milhão morreram da doença, que mata mais gente do que o HIV e a malária juntos. O maior número de novos casos foi no Sudeste Asiático (44%), seguido por países da África (24%) e do Pacífico Ocidental (18%). No mesmo ano no Brasil, 72 mil pessoas foram diagnosticadas e 4,5 mil morreram em decorrência da doença.
Sendo assim, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24 de março), não é uma data para comemoração, mas uma ocasião de mobilização buscando envolver todos às esferas de governo e setores da sociedade civil na luta contra esta enfermidade. É o marco fundamental de uma campanha permanente, fator fundamental para a intensificação das ações de controle da doença. Por isso, é necessário divulgar o problema, mobilizar a sociedade e dar visibilidade nacional ao esforço brasileiro de luta contra a tuberculose.
O objetivo das campanhas de Dia Mundial de Combate à Tuberculose
Tem como foco aumentar a conscientização pública sobre as consequências devastadoras para a saúde e intensificar os esforços para acabar com tal epidemia global.
Sobre os sintomas
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, enquanto outros apresentam sintomas aparentemente simples, que não são percebidos durante alguns meses. Pode ser confundida com uma gripe, por exemplo, e evoluir durante 3 a 4 meses sem que a pessoa infectada saiba, ao mesmo tempo em que transmite a doença para outras pessoas. A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. Sendo assim, o doente expele ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotículas de saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo.
Dessa forma, cada paciente com tuberculose pulmonar não tratada pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano. Alguns fatores contribuem para a disseminação da doença, como os relacionados à pobreza e à má distribuição de renda, a AIDS, a desnutrição, as más condições sanitárias, o tabagismo, o alcoolismo ou qualquer outro fator que provoque baixa resistência do organismo.
Atenção para os seguintes sinais:
- Tosse por mais de 2 semanas;
- Produção de catarro;
- Febre;
- Sudorese (principalmente noturna);
- Cansaço;
- Falta de apetite;
- Dor no peito;
- e Emagrecimento;
E nos casos mais avançados, tosse com sangue. Em outras palavras, as pessoas que apresentam esses sintomas associados ou de modo isolado, devem procurar o posto de saúde.
Prevenção, diagnóstico e tratamento
A vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é obrigatória para menores de um ano e protege as crianças contra as formas mais graves da doença. A melhor forma de prevenir a transmissão da doença é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados e não utilizar objetos de pessoas contaminadas. Além disso, o tratamento, à base de antibióticos, é 100% eficaz e deve ser feito por um período mínimo de 6 meses, diariamente e sem nenhuma interrupção, terminando apenas quando o médico confirmar a cura total do paciente.
Por fim, para evitar o abandono do tratamento, é importante que o paciente seja acompanhado por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores domiciliares devidamente preparados.